Voltei ao Brasil, e agora???

Depois veio o momento final, pegar o ônibus de Galway para Dublin sem saber quando compraria o retorno foi a pior parte, ver tudo ser deixado pra trás e o medo de se apagar de um modo que nada daquilo tivesse sido verdade era o que me consumia no momento...
Após isso a única vontade que eu tinha era de chegar logo, parecia uma viagem interminável para ver a família, os amigos, comer coxinha de padaria, e ainda assim se sentir um verdadeiro extraterrestre dentro de um espaço que você conhece, acho que isso definiria toda a síndrome do retorno, essa sensação de não se sentir parte do que um dia foi seu.
Após isso a única vontade que eu tinha era de chegar logo, parecia uma viagem interminável para ver a família, os amigos, comer coxinha de padaria, e ainda assim se sentir um verdadeiro extraterrestre dentro de um espaço que você conhece, acho que isso definiria toda a síndrome do retorno, essa sensação de não se sentir parte do que um dia foi seu.
Com o tempo foi tudo se encaixando novamente, fui me atualizando de tudo o que aconteceu (acredite, meus amigos fizeram isso durante muitos encontros). Eu ficava perguntando sobre as coisas que aconteceram, quem era essa nova pessoa? que música era essa? parecia que a vida tinha seguido e eu tinha acabado de acordar de um coma.
Depois a rotina faz o resto do serviço, ela te encaixa em uma dimensão onde você precisa preencher a sua cabeça com algo, faculdade, cursos, currículo, e toda a loucura que você havia deixado retorna. Esses meses foram essenciais para colocar a cabeça no lugar, entender e enxergar os pontos positivos e negativos da volta, trazer histórias de culturas diferentes tentando empregá-las na minha vida e encontrar os motivos que me fazem ficar.
Depois a rotina faz o resto do serviço, ela te encaixa em uma dimensão onde você precisa preencher a sua cabeça com algo, faculdade, cursos, currículo, e toda a loucura que você havia deixado retorna. Esses meses foram essenciais para colocar a cabeça no lugar, entender e enxergar os pontos positivos e negativos da volta, trazer histórias de culturas diferentes tentando empregá-las na minha vida e encontrar os motivos que me fazem ficar.
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Praia Grande |
Retornar é uma nova imigração...
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